A small tool to view real-world ActivityPub objects as JSON! Enter a URL
or username from Mastodon or a similar service below, and we'll send a
request with
the right
Accept
header
to the server to view the underlying object.
{
"@context": [
"https://www.w3.org/ns/activitystreams",
{
"Hashtag": "as:Hashtag",
"sensitive": "as:sensitive"
}
],
"id": "https://manualdousuario.net/etica-na-inteligencia-artificial-livro/",
"type": "Article",
"attachment": [],
"attributedTo": "https://manualdousuario.net/@feed",
"content": "<p>A única menção ao ChatGPT em <a href=\"https://www.ubueditora.com.br/etica-ia.html\"><em>Ética na inteligência artificial</em></a>, livro de Mark Coeckelbergh, está na assinatura do prefácio, escrito pelo chatbot da OpenAI e revisado pelo autor para a edição brasileira, publicada recentemente pela editora Ubu.</p><p><!--more-->Não foi por desatenção nem desinteresse. A edição original em inglês foi lançada em 2020, alguns anos antes do ChatGPT tirar a IA dos bastidores e transformá-la no assunto quente do momento.</p><p>Esse desencontro temporal não desabona o livro, que tem um caráter de base, abrangente. Isso, somado ao didatismo do autor, que professor da Universidade de Viena e tem um longo currículo pautado pela filosofia da tecnologia, mantém o conteúdo relevante.</p><p>Em pouco menos de 200 páginas, Mark aborda vários pontos-chaves da inteligência artificial do ponto de vista da ética, como a responsabilização por decisões tomadas pela IA, o status moral da IA e comparações com humanos e outros seres vivos e — um questionamento recorrente — por que se preocupar com a ética da IA enquanto o mundo derrete ao nosso redor.</p><p>Quando aborda os supostos perigos existenciais da IA, Mark é sensível o bastante para situá-los bem (em um futuro remoto e incerto) e até dar algumas cutucadas, como quando diz que “a ênfase excessiva na inteligência como principal característica da humanidade e nosso fim último também é questionável.”</p><p>O argumento dele, aliás, remonta à educação, à conscientização. Quase no final, escreve:</p><blockquote><p>O perigo é, mais uma vez, o exercício do poder sem conhecimento e (portanto) sem responsabilidade — e, pior ainda, sujeitar outros a isso. Se realmente existe algo como o mal, ele habita onde Hannah Arendt, filósofa do século XX, o situou: na alienação do trabalho e das decisões banais cotidianas. Assumir que a IA é neutra e usá-la sem entender o que se está fazendo contribui para tal alienação e, em última instância, para a corrupção ética do mundo. A política educacional pode nos ajudar a mitigar isso e, consequentemente, contribuir para uma IA benéfica e dotada de sentido.</p></blockquote><p>Antes de concluir, ele lança algumas propostas voltadas a formuladores de políticas públicas, o que dá contornos práticos a um livro que, no geral, é meio que uma introdução ao tema.</p><p>Talvez se tivesse sido escrito hoje, os exemplos seriam outros e alguns tópicos ganhariam mais destaque ou formulações um pouco distintas a fim de abrigar a IA gerativa.</p><p>Apesar disso, como todo bom livro focado em fundamentos, <em>Ética na inteligência artificial</em> ainda se sustenta como leitura interessante e útil nesta era pós-ChatGPT.</p><p class=\"ctx-transparencia\">A editora Ubu me enviou uma cópia cortesia de <em>Ética na inteligência artificial</em>. Obrigado, editora Ubu!</p>",
"context": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/context",
"contentMap": {
"pt": "<p>A única menção ao ChatGPT em <a href=\"https://www.ubueditora.com.br/etica-ia.html\"><em>Ética na inteligência artificial</em></a>, livro de Mark Coeckelbergh, está na assinatura do prefácio, escrito pelo chatbot da OpenAI e revisado pelo autor para a edição brasileira, publicada recentemente pela editora Ubu.</p><p><!--more-->Não foi por desatenção nem desinteresse. A edição original em inglês foi lançada em 2020, alguns anos antes do ChatGPT tirar a IA dos bastidores e transformá-la no assunto quente do momento.</p><p>Esse desencontro temporal não desabona o livro, que tem um caráter de base, abrangente. Isso, somado ao didatismo do autor, que professor da Universidade de Viena e tem um longo currículo pautado pela filosofia da tecnologia, mantém o conteúdo relevante.</p><p>Em pouco menos de 200 páginas, Mark aborda vários pontos-chaves da inteligência artificial do ponto de vista da ética, como a responsabilização por decisões tomadas pela IA, o status moral da IA e comparações com humanos e outros seres vivos e — um questionamento recorrente — por que se preocupar com a ética da IA enquanto o mundo derrete ao nosso redor.</p><p>Quando aborda os supostos perigos existenciais da IA, Mark é sensível o bastante para situá-los bem (em um futuro remoto e incerto) e até dar algumas cutucadas, como quando diz que “a ênfase excessiva na inteligência como principal característica da humanidade e nosso fim último também é questionável.”</p><p>O argumento dele, aliás, remonta à educação, à conscientização. Quase no final, escreve:</p><blockquote><p>O perigo é, mais uma vez, o exercício do poder sem conhecimento e (portanto) sem responsabilidade — e, pior ainda, sujeitar outros a isso. Se realmente existe algo como o mal, ele habita onde Hannah Arendt, filósofa do século XX, o situou: na alienação do trabalho e das decisões banais cotidianas. Assumir que a IA é neutra e usá-la sem entender o que se está fazendo contribui para tal alienação e, em última instância, para a corrupção ética do mundo. A política educacional pode nos ajudar a mitigar isso e, consequentemente, contribuir para uma IA benéfica e dotada de sentido.</p></blockquote><p>Antes de concluir, ele lança algumas propostas voltadas a formuladores de políticas públicas, o que dá contornos práticos a um livro que, no geral, é meio que uma introdução ao tema.</p><p>Talvez se tivesse sido escrito hoje, os exemplos seriam outros e alguns tópicos ganhariam mais destaque ou formulações um pouco distintas a fim de abrigar a IA gerativa.</p><p>Apesar disso, como todo bom livro focado em fundamentos, <em>Ética na inteligência artificial</em> ainda se sustenta como leitura interessante e útil nesta era pós-ChatGPT.</p><p class=\"ctx-transparencia\">A editora Ubu me enviou uma cópia cortesia de <em>Ética na inteligência artificial</em>. Obrigado, editora Ubu!</p>"
},
"name": "Ética na inteligência artificial precede o ChatGPT",
"nameMap": {
"pt": "Ética na inteligência artificial precede o ChatGPT"
},
"icon": {
"type": "Image",
"url": "https://manualdousuario.net/wp-content/uploads/2025/06/cropped-app-icon.png",
"mediaType": "image/png",
"name": "App icon, ou ícone do Manual do Usuário."
},
"preview": {
"type": "Note",
"content": "<p>Em pouco menos de 200 páginas, Mark aborda vários pontos-chaves da inteligência artificial do ponto de vista da ética, como a responsabilização por decisões tomadas pela IA e o status moral da IA e comparações com humanos e outros seres vivos.</p>\n"
},
"published": "2024-02-22T09:59:58Z",
"summary": "<p>Em pouco menos de 200 páginas, Mark aborda vários pontos-chaves da inteligência artificial do ponto de vista da ética, como a responsabilização por decisões tomadas pela IA e o status moral da IA e comparações com humanos e outros seres vivos.</p>\n",
"summaryMap": {
"pt": "<p>Em pouco menos de 200 páginas, Mark aborda vários pontos-chaves da inteligência artificial do ponto de vista da ética, como a responsabilização por decisões tomadas pela IA e o status moral da IA e comparações com humanos e outros seres vivos.</p>\n"
},
"tag": [
{
"type": "Hashtag",
"href": "https://manualdousuario.net/assunto/inteligencia-artificial/",
"name": "#InteligênciaArtificial"
},
{
"type": "Hashtag",
"href": "https://manualdousuario.net/assunto/livros/",
"name": "#Livros"
},
{
"type": "Hashtag",
"href": "https://manualdousuario.net/assunto/reviews/",
"name": "#Reviews"
}
],
"updated": "2024-12-07T02:27:13Z",
"url": "https://manualdousuario.net/etica-na-inteligencia-artificial-livro/",
"to": [
"https://www.w3.org/ns/activitystreams#Public"
],
"cc": [
"https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/actors/0/followers"
],
"mediaType": "text/html",
"replies": {
"id": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/replies",
"type": "Collection",
"first": {
"id": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/replies?page=1",
"type": "CollectionPage",
"partOf": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/replies",
"items": []
}
},
"likes": {
"id": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/likes",
"type": "Collection",
"totalItems": 0
},
"shares": {
"id": "https://manualdousuario.net/wp-json/activitypub/1.0/posts/40754/shares",
"type": "Collection",
"totalItems": 0
}
}